Mesmo com promessa de zerar o déficit em 2025, gasto público supera arrecadação; mercado vê risco à credibilidade das metas
O governo federal registrou um déficit primário de R$ 100,4 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira, 30. Isso significa que as despesas superaram as receitas — sem contar os juros da dívida pública.
A arrecadação total no período foi de R$ 1,68 trilhão, enquanto as despesas chegaram a R$ 1,78 trilhão. Em setembro, o saldo negativo foi de R$ 14,5 bilhões.
Pelas regras do arcabouço fiscal, o governo ainda pode terminar 2025 com déficit de até 0,25% do PIB, algo em torno de R$ 31 bilhões, sem descumprir a meta. Além disso, R$ 43,3 bilhões em precatórios podem ser desconsiderados no cálculo. Na prática, o limite do rombo fiscal pode chegar a R$ 74,3 bilhões.
Déficit e emprego: os dois lados da economia
Especialistas avaliam que as manobras fiscais podem enfraquecer a confiança do mercado e complicar o ajuste das contas públicas. A equipe econômica, porém, aposta em aumento de receitas e corte de despesas para zerar o déficit em 2025.
No outro extremo, o mercado de trabalho apresentou melhora: o Brasil criou 213 mil vagas formais em setembro, segundo o Caged. Apesar de o número ser 15% menor que o registrado em 2024, é o melhor desempenho desde abril.
O Banco Central monitora o cenário, já que a expansão do emprego pode aquecer o consumo e influenciar as decisões sobre juros e inflação.
- Rombo de R$ 100,4 bilhões nas contas públicas até setembro
- Governo pode fechar o ano com déficit de até R$ 74,3 bilhões
- Meta é zerar o déficit em 2025
- 213 mil vagas com carteira assinada foram criadas em setembro
- Mercado alerta para riscos à credibilidade fiscal
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